O
desafio de uma organização auto-gestionada é manter um equilíbrio saudável
entre caos e ordem. Ou seja, como ser flexível e livre sem ser desorganizado e
confuso? E como organizar-se sem ser rígido ou opressivo? A tensão entre essas
polaridades está sempre presente na Comunidade SER, que por vezes vai mais para
uma direção, por vezes mais para outra, buscando manter-se o máximo possível no
equilíbrio caórdico, em que a meta é dar contorno para o emergente, ou seja,
permitir o máximo de fluxos livres de ideias, projetos, horários, formas de
pensar, sentir e agir na vida, organizando gentilmente esses fluxos a favor de
todos.
Isso
significa que estamos o tempo todo reorganizando nossas estruturas, sejam
nossos modelos de negócio, de tomada de decisão, os papéis e funções de cada um
dentro o grupo, como cada membro deseja expressar seu propósito dentro da
comunidade, quem acha que faz sentido fazer parte da comunidade, o cardápio de
nossos almoços, as nossas práticas comunitárias e muito mais. Essa reestruturação
constante, por ser intensa, nos torna alertas, flexíveis e criativos, pois
estamos o tempo todo nos re-inventando. O caos nos traz o espaço aberto para o
novo surgir, e a ordem nos permite expandir nossa consciência, pois ao
organizarmos o caos muitas fichas caem, e diversos desses insights são depois
compartilhados na forma de teorias, serviços e produtos “para fora”.
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