quinta-feira, 19 de julho de 2012

Akash realiza evento de música indiana com Kirit Dave

O Akash está apoiando a turnê brasileira do músico indiano Kirit Dave, que participará de concertos-aula, workshops e intensivos de música clássica indiana. Para mais informações sobre o tour, que percorrerá diversas cidades do Brasil, acesse o blog: http://prabhatasamguiita.blogspot.com.br/

Em São Paulo, Kirit Dave realizará um concerto-aula, no dia 03 de agosto, das 20h às 22h, na Livraria Omnisciência, e um workshop, no dia 04 de agosto, das 10h às 17h, com participação especial do tablista Joaquim Olmedo, no espaço Arte do Ser Cantante. Os dois eventos já estão com inscrições abertas (mais informações no folder abaixo)

Kirit Dave é um músico indiano, radicado nos Estados Unidos, que tem se dedicado a difundir na América o estudo e prática da metodologia de Prabhat Sam'giita (metodologia criada pelo indiano Prabhat Rainjain Sarkar, baseada em canções compostas com inspiração em conceitos filosóficos sobre a relação do ser humano com suas dimensões mais profundas).

Para saber mais ou realizar sua inscrição: (11) 2495-3736 ou artegenerosa@gmail.com


Líderes do Coração em agosto: inscrições abertas para o módulo da empatia

O Programa Líderes do Coração, do SERVIRASER, está acontecendo desde junho no HUB São Paulo, com encontros semanais às quartas-feiras, das 19h às 22h. O curso é extensivo, com duração de junho a novembro.

O programa busca criar espaços de prática para que facilitadores de desenvolvimento humano, como gestores, líderes, educadores e pais, experimentem a beleza de liderar pelo amor. Para isso, são trabalhados sete dons:  integridade, coerência, empatia, liderança, empreendedorismo, co-criação e poesia. Cada dom é tema de um módulo que dura um mês. Desta forma, os participantes tem a opção de cursar o programa completo ou os módulos avulsos.

No dia 08 de agosto, começará o terceiro módulo, que terá como tema a empatia. As inscrições estão abertas! Para saber mais ou realizar sua inscrição: (11) 2495-3736 ou serviraser@serviraser.org


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Serviraser em julho na Casa das Rosas

O Serviraser está participando, em julho, da programação infantil da Casa das Rosas, com dois encontros de contação de histórias!

O primeiro deles já aconteceu no domingo, dia 08 de julho. Além da história, os adultos e as crianças participaram de vivências de relaxamento e integração, que ajudaram todos a entrarem no clima da história. Neste post do blog do Serviraser, postamos fotos e mais informações sobre a atividade.

E anotem na agenda: o próximo encontro, que terá contação de história inspirada no livro "O caso do menino-leão", escrito por André Barreto e Gustavo Prudente, com ilustrações de Victor Farat, será no dia 22 de julho, domingo, das 10h às 11h30. A entrada é franca. Aproveitem, indiquem para amigos e levem suas crianças!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Negócio Social


A Comunidade SER funciona como um “negócio social”, ou seja, pode ter fins lucrativos, mas sempre com o objetivo de gerar transformação social e de não acumular mais do que o necessário para atender as necessidades básicas e as amenidades de cada indivíduo. As necessidades básicas são vestuário, alimentação, habitação e higiene. As amenidades são necessidades de conforto e expressão da própria individualidade, como viajar, fazer cursos, adquirir algo por motivos estéticos ou simbólicos etc.

Ter clareza da medida do que é necessidade básica e amenidade não é fácil, e por isso os membros da Comunidade SER buscam investigar e compartilhar com o grupo quais são suas necessidades financeiras pessoais e, a partir disso, construir em grupo modelos de negócio e metas financeiras que contemplem ao máximo a todos, respeitando diferenças individuais. Ou seja, não acreditamos nem no modelo de divisão igual para todos, nem no modelo de acúmulo para poucos e de escassez para muitos, mas num modelo que atenda a justa medida de cada um, sem colocar como critérios mais importantes o cargo, a experiência e o currículo de cada um. Para isso ser verdadeiro e preciso, os membros da Comunidade SER precisam ter clareza de qual é o propósito de vida de cada um, e o quanto cada um precisa para realizar esse propósito com dignidade. Uma tarefa árdua, que vai se clareando ao longo dos anos de auto-investigação e de convivência comunitária.

Além disso, o modelo de negócio social significa que investimos simultaneamente em projetos corporativos, ações em comunidades socialmente vulneráveis, trabalhos voluntários, cursos livres para indivíduos em geral, atendimentos como profissionais autônomos, entre outros. Não focamos num público ou num tipo de ação específico, mas sim no conjunto de ações, de qualquer natureza, que nos ajudem a alcançar nosso propósito e nossa visão de mundo.

A criação de um modelo de negócios que atenda a essa complexidade é outro desafio e, portanto, procuramos desenvolver um modelo que siga diretrizes comuns, mas que possa ser questionado e revisto ao longo do tempo e de acordo com cada projeto. Atualmente, funcionamos juridicamente tanto como empresa quanto como ONG. No caso de projetos feitos via empresa, trabalhamos com porcentagens institucionais para projetos, que garantem que aqueles que ganham mais deixem mais recursos para a Comunidade e apoiem as ações daqueles que eventualmente estejam com menos receita. Uma vez retirada a porcentagem institucional, os recursos restantes são divididos entre os que trabalharam no projeto, de acordo com a contribuição de cada um. No caso de projetos feitos pela ONG, seguindo a legislação vigente, remuneramos as pessoas que eventualmente trabalharam no projeto específico, sem divisão de lucros.

Gestão Participativa


A Comunidade SER funciona como uma organização horizontal, sem hierarquias estabelecidas, mas como lideranças emergentes, ou seja, para cada situação, um ou mais membros emergem como líderes naturais que ajudam os outros a dar conta de uma determinada demanda. Esse processo não é tão fácil, nem tão óbvio, pois é natural que nos grupos que existam pessoas com tendência dominante e outras com tendência a se deixarem dominar. Portanto, existe um esforço constante da Comunidade em trazer consciência para esse processo, de modo que os dominantes abram mais espaço para a participação de todos e os demais exercitem expressar mais as suas opiniões.

Portanto, na Comunidade SER não existem diretores ou coordenadores, a não ser em projetos específicos, onde essa definição se torna útil. Isso não significa, entretanto, que todas as decisões sejam tomadas por todos, coletivamente, pois em nossa experiência esse processo pode se revelar moroso, cansativo e ineficiente. Por isso, o processo de tomada de decisões é feito de diversas formas diferentes: algumas decisões estratégicas são tomadas por todos, outras em pequenos grupos, outras são iniciativas individuais que depois são avaliadas pelo grupo, caso gerem algum incômodo ou caso mereçam ser destacadas ou apreciadas.

Não existe uma pré-definição do que deve ser decidido por todos. Em geral, as “pautas” que cada membro tem são transformadas em perguntas, que são trazidas para a reunião semanal de quinta-feira à tarde. O grupo vota nas perguntas que mais ressoam para todos, que são discutidas utilizando-se o modelo Open Space (Espaço Aberto – veja mais em Art of Hosting). As perguntas escolhidas não são necessariamente discutidas por todos, e nem de forma verbal. Cada membro vai conversar – ou agir – em cima da pergunta que está ressoa mais com o que está “vivo” para ele, e isso pode significar que todos querem discutir uma questão, ou que o grupo vai dividir em pequenos grupos, ou que algumas pessoas nem vão participar da reunião. Em alguns casos, algumas perguntas são desenvolvidas por mais de uma reunião como, por exemplo, na construção coletiva de nosso modelo de negócios, e aí outras técnicas de gestão participativa são usadas também.

As metas a serem alcançadas pela Comunidade SER são co-criadas por todos nessas reuniões e também nos retiros de planejamento estratégico, que acontecem, em geral, duas vezes por ano, em algum lugar próximo à natureza. O principal retiro dura uma semana, e o segundo pode durar até dois dias. Às vezes, outros mini-retiros são organizados para dar conta de assuntos específicos, mas que exigem profundidade (por exemplo, a construção ou a avaliação de um projeto ou metodologia).

O monitoramento das metas não é feito no sentido de cobrar das pessoas resultados, mas sim de entender o que o cumprimento ou não das metas diz do fluxo de cada membro e da Comunidade SER como um todo. O não cumprimento de uma meta, por exemplo, pode nos contar que os interesses e propósitos pessoais ou coletivos mudaram, ou que a melhor estratégia para se alcançar um determinado resultado é outra bem diferente do que se havia imaginado no começo. Assim, o ambiente de avaliação se torna leve e as metas se tornam mais diretrizes norteadoras que objetivos a serem alcançados a todo custo.

O mais incrível é que, desta forma, alcançamos níveis incríveis de desempenho e resultado, produzindo mais do que seria possível com uma equipe tão pequena, pois quando estamos fazendo algo a partir de uma conexão profunda com nosso fluxo e nosso propósito, somos mais eficientes, determinados e apaixonados pelo que fazemos. Ao mesmo tempo, essa total liberdade faz com que os membros percebam mais rapidamente se, por acaso, o fluxo deles não está mais convergindo com o fluxo da Comunidade, e tenham mais clareza se e quando é o momento de sair da Comunidade. Nesse caso, a saída é uma forma de respeitar a própria pessoa e o grupo, e ambos os lados se sentem valorizados e respeitados. E, para quem fica, existe uma reafirmação do quanto estar na Comunidade faz sentido e, portanto, aumenta o nível de compromisso com alcançar os melhores resultados para todos.

Espaço Comunitário


A Comunidade SER pretende ser uma comunidade de sentidos, ou seja, que existe por uma convergência de valores e de visões de mundo, independente de onde cada membro mora, e também uma comunidade geográfica, ou seja, que está ancorada num espaço físico e que se relaciona com as pessoas e os seres vivos do seu entorno.

O espaço comunitário é, portanto, esse lugar físico que ancora os encontros, a convivência e a materialização dos valores e visões de mundo da Comunidade SER. São dois espaços: um em São Paulo, um pequeno e charmoso sobrado na rua Rua Miranda de Azevedo, 1427  no bairro da Pompeia, e uma ecovila, que ainda está sendo gestada, e que se localizará a no máximo 2h da cidade.

Um espaço comunitário implica para nós que a entrada e saída de pessoas, ideias, projetos, eventos, relações é livre, espontânea, abundante e gostosa. Portanto, nenhum membro tem a obrigação de estar no espaço, e não necessariamente todos irão morar na ecovila. Da mesma forma, existem pessoas que não são membros oficiais da Comunidade SER, mas que usam e frequentam o espaço como se fosse “seu”.

Para que essa sensação de “espaço comunitário” aconteça, investimos em algumas atividades coletivas, como almoços vegetarianos caseiros, grupo de meditação coletiva, cursos e eventos no espaço, como as aulas de Chi Kung. Algumas dessas atividades são gratuitas e todas são abertas a qualquer pessoa. O mais importante, porém, são as conversas e interações que acontecem tanto nessas atividades quanto nas conversas, reuniões e bate-papos que se desenrolam no dia a dia da Comunidade, fazendo do lugar físico um “espaço comunitário de convivência educativa”.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Expressão de potenciais


“O que você faz na Comunidade SER?”. Para nós, essa é uma pergunta muito difícil de responder. Os membros da Comunidade SER não têm, em geral, funções ou profissões rigidamente definidas. Cada pessoa trabalha e cria os projetos que quer, sozinho ou em grupo, a partir de seus potenciais essenciais, ou seja, de seus talentos e vocações, que podem variar muito. A Dani, que cuida das contas a pagar e a receber, é também professora de yoga, produtora dos cursos e eventos da Comunidade, e cão-terapeuta voluntária. O Guga é educador social em projetos comunitários, consultor em liderança em empresas, escreve livros infantis e é um dos que mais cuida dos cardápios para as refeições comunitárias.

Como cada um procura seguir seu próprio fluxo, colocando-o a favor do fluxo comunitário, na Comunidade SER também não existem horários de trabalho pré-definidos. O único momento “fixo”, e mesmo ele não é tão rígido assim, são as reuniões semanais de comunidade, que acontecem às quintas-feiras à tarde. Por isso, cada membro cria sua própria jornada de trabalho, respeitando, na medida do possível, seu bioritmo: tem gente que gosta de acordar bem cedo, gente que prefere trabalhar até tarde, gente que vem todos os dias para o espaço comunitário, gente que só aparece de vez em quando. E todo mundo consegue dar conta do que precisa, de um jeito mais leve, e não se incomoda em trabalhar à noite ou de fim de semana, porque quando isso acontece, não é uma obrigação, mas uma escolha.

É claro que reconhecer e ter recursos para expressar todos os nossos potenciais, bem como perceber e respeitar o próprio biortimo, não é algo tão fácil assim, e tem sempre algumas pessoas que têm mais clareza do que realmente querem do que outras. Além disso, às vezes o ritmo coletivo “atropela” o ritmo individual. Por isso, a Comunidade SER está sempre alerta para trazer à tona os incômodos e as vontades de cada membro, para que cada um possa ir se descobrindo e se respeitando e para que o coletivo e o individual estejam, cada vez mais, um a serviço do outro.

Grupo de Meditação Semanal

A Comunidade Ser possui um grupo de meditação coletiva que acontece todas as terças-feiras, das 17h30 às 19h. Após a meditação, normalmente temos um lanchinho (contribuição voluntária).

A meditação segue a prática do Tantra Yoga de Ananda Marga, um estilo de meditação sutil que começa com meia hora de cantos, seguidos de meia-hora de meditação silenciosa.

Os cantos são feitos com violão, percussão e dança, entoando o mantra "Baba Nam Kevalam", frase em sânscrito que significa "Tudo é expressão do Amor".

O Tantra Yoga é uma corrente de auto-desenvolvimento muito antiga que, assim como outras tradições místicas, como Cabala, Sufismo e Misticismo Cristão, busca oferecer ferramentas práticas para que o indivíduo alcance a realização de ser Um com o Todo.

O Tantra Yoga tem sido desenvolvido de forma única por diferentes mestres e correntes ao longo dos tempos. Ananda Marga, ou Caminho da Bem-Aventurança, é uma leitura específica do Tantra proposta pelo mestre indiano Sri Anandamurtii, ou Prabhat Ranjan Sarkar, que teve grande repercussão na Índia entre os anos 1960 e 1980 não só como guia espiritual, mas também como filósofo e ativista social e ambiental.

Apesar de ter sua origem numa tradição indiana, a prática é aberta a qualquer pessoa, de qualquer crença ou religião, pois foca na expansão da consciência amorosa, e não num tipo de culto específico.

O grupo de meditação é aberto e gratuito. Quem quiser vir pela primeira vez precisa ligar antes para 11 2495-3736 para avisar.